Eu existo.
Sinto a existência!
Sinto a vida acontecendo à minha volta.
Sinto raiva, sinto amor...
Sinto o ar, sinto a falta...
Sinto o definível e o indefinível.
Defino a minha existência.
Não controlo as circunstâncias, mas, as sintetizo.
Eu sei.
Sei muitas coisas, mas não todas...
O mundo é grande, imenso...
Mas, ainda que eu não seja grande,
Sinto que sou importante,
Pois posso ver o mundo
A partir de mim.
Sinto-me como um polo do qual partem muitos eixos!
Eu falo.
Falo muito e pouco.
Quando falo sei que altero a realidade
E sigo construindo coisas novas
Pela palavra: meu maior poder.
Onde estou?
Num acaso difuso e fragmentado?
Não...
Num plano muito bem pensado!
Minha vida tem sentido e
Eu dou sentido a tudo.
Vivo mergulhada em sentidos:
Os meus e os dos outros...
Vivo mergulhada em textos.
Vivo imersa em discursos que me atravessam.
Alguém falou sobre mim e me tornou pessoa.
Sinto que estou em Alguém:
E Nele me movo e existo.
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