Neste blog postarei pensamentos, visões, percepções sobre a cosmovisão cristã, pela qual eu interpreto a relação de Deus com o cosmo e com a humanidade. Caso este não seja o tema de seu interesse, você pode acessar o outro blog no qual trato questões sobre a Educação (www.nidiaeducacao.blogspot.com).

quarta-feira, 9 de novembro de 2016

CRISTÃOS RIDÍCULOS


Cristãos são todos ridículos!
Eles acreditam numas coisas muito loucas!
Parece que não são desse mundo!
Consideram-se amados por um Deus...
Imagine!

Dizem que seu Deus os conhece...
Que se relaciona com eles,
E que tem mais e mais planos para os mesmos...
Isto é ridículo!

Como um Deus haveria de se relacionar com seres tão pequenos?
Se Deus é grande, acaso o pequeno o interessa?

Responderei...

Amamos o pequeno embrião em nosso ventre,
Quando sabemos que é filho, apesar de mínimo, ainda...
Um dia vai crescer,
Vai se tornar alguém que troca amor...

Assim é o ser humano para Deus:
Pequeno agora, mas, eterno!

Com o tempo, em outra dimensão,
Haverá de ver o Pai, em toda a Sua plenitude.
Por enquanto, nEle se move, e nEle existe!
Breve vai voar, vai ultrapassar barreiras do corpo terreal,
Vai crescer,
Vai entender,
Vai saber mais e mais.

De eternidade a eternidade
Crescerá...
E saberá quem de fato é
E quem é seu Pai.

Vai desenvolver seus dons,
Vai ampliar saberes e poderes,
E poderá amar mais,
Porque decidiu amar e crer,
Enquanto "feto".

É a crença neste plano esquisito,
Espalhafatoso mesmo,
Que faz os cristãos sentirem-se

Ridiculamente amados!

RIZÍVEL

Acreditar que há vida após a morte?
É risível!
Que garantia há da continuação?
Não é melhor acreditar que tudo acaba?
Não é mais lógico acreditar que nada tem sentido?
Se creio que só tenho uma oportunidade,
Vou pensar em mim mesmo
E sair por aí buscando prazer intenso e diário!
Logo vou cansar, porque o corpo não me obedece...
Se creio que não há razão para a vida,
Se penso que sou fruto do acaso,
Vou celebrar a fragmentação e a rebeldia!
Logo vou cansar, porque algo me diz que estou errado.
Meu coração clama por sentido...
Há um desejo, em mim, de ser amado,
Olhado, conhecido, considerado...
Que recados eu teria desse Deus que - dizem - me criou?

Serve a regularidade das leis físicas?
Serve a ordem do Universo?
Serve a beleza dos detalhes, exposta em toda a criação?
Serve as condições nanométricas para a vida na Terra?
Serve este sentimento imenso que há dentro de você?
Se é pouco... você pensa mesmo pouco, e sente pouco...
Se é suficiente, seja feliz!
A felicidade é a certeza.
E a certeza é a fé.

Simples assim.

SOU DEPENDENTE


Sou dependente da Graça.
Sou miserável, pobre, cega e nu.
Nada tenho, nada é meu.
A vida que tenho, recebi.
O ar que respiro não é meu,
O corpo que tenho, não tenho - foi empréstimo.
Não comprei,
Não me esforcei para ter...
Administro apenas.

A vida que vivo não determino início nem fim.
Sou dependente da Origem.
Dependo dos outros também:
Da energia para trabalhar,
Da sociedade para me estimular,
Do outro para me espelhar...
Acima de tudo e de todos,
Dependo de Deus para dar a liga -
A liga que dá sentido.

Sou subalterna dos céus,
De onde emanam as leis que me obrigam
Que me limitam,
Que me mantém bem humilde.
Sou subordinada ao invisível,
Subjugada pelo impossível,
Submissa ao que não entendo plenamente.

Vivo rodando no espaço
E dependo de quem me deu o ponto de partida.
Dependo de quem fez o primeiro movimento que me tirou da inércia.
Por isto dependo de Deus.
Só pode ter sido Ele a dar o primeiro impulso!
E, como foi, fico contente,
Porque não entendo a atenção dirigida e intencional.

Quem foi que disse que a gente
Com tanto mal incruado,
Consegue chamar a atenção de tanto Amor revelado?
Que ato foi este que ousou
Dar-me carinho e atenção
Mesmo sabendo um dia eu iria questionar?

O que posso chamar de "meu"
Senão à síntese da minha consciência, pensamentos e ações?
Esta síntese sou Eu,
E este Eu", eu entrego.
Entrego porque sou sujeito
Do ato inicial.
Dependo de quem me deu o ponto referencial.

Dependo de quem marcou-me no tempo e no espaço
Para me dar um nome que ainda não sei qual é.
Mas, sei que o tenho....
E que alguém o guarda
Para um dia mo sussurrar...

Posso não ter sentido,

Com tanto interesse sentido?

SÓ MAIS UM POUCO

Olá, Senhor!
Como o Senhor está?
Tudo bem?
Tudo no Teu controle?
Certamente... O Senhor não falha nunca!

Eu Te entendo só um pouco, sabes?
Entendo que deste lugar
A um tanto de liberdade
Para que fôssemos como és:
Conhecedores e atores.
Semideuses, portanto, não é, Senhor?

Assim empoderados,
Alguns reconhecem a Ti,
Outros? Nem tanto...
Mas, o Senhor nunca perde
E vai revelar quem Tu és...

Naquele dia, então,
Te vendo e sabendo,
Não vai ser fácil negar
Que tudo o que a gente quer
É ser amado por Ti.

Espera, Senhor, mais um pouco...
Bilhões e bilhões curvarão
Diante do Teu amor -
Desse Amor que tempo e espaço
Não podem prender e apagar.

Nem mesmo esta vida finita
Pode apagar este amor...
Quem disse que a morte finda
Com a oportunidade bendita de Te aceitar, meu Senhor?

Como está nossa morada, Amado?
Já está pronta?
Eu sei que tens trabalho,
Sei que Te cansas...
Descansa, Senhor... Aproveita!
Tua obra é sentida aqui...
Há corações que Te sentem
Inda que não podem Te ver...

O Senhor é muito amado nesta Terra de esplendor!
Menos do que deveria, Senhor!
Infelizmente...
Mas,
Aqui tem muita gente que conhece o Teu coração...

Sabes, Senhor?
Quero conhecer o céu logo...
Quero olhos mais potentes pra ver Tua imensa criação!
Quero visualizar dimensões.
Quero ver cores invisíveis,
Quero as formas impensadas,
E os sons harmoniosos das estrelas!

Estou indo, Senhor...
Ainda tenho trabalho.
Só mais um pouco...

Venha me ensinar,
Dize o que queres de mim...
Mais um pouco...

Quero levar gente comigo,
Porque Teu amor me alcançou.
Mais um...

Quero entender quem Tu és,
Quero olhar Tua face...
Mais...

O ENCONTRO


Os contextos mudam tanto,
Os sentidos são tão vãos,
Que o encontro é um milagre!
Como posso entender o outro se não entendo a mim mesma?
Avalio e denuncio-me.
Devo guardar para mim os meus frágeis pensamentos,
Pois em frequentes julgamentos
Posso estar, em detrimento,
Medindo os outros por mim.
Vou silenciar minha voz,
Deixar o vento passar,
Ficar aqui bem fincada
Porque já não estou só -
Há quem me ajuda a ler e reler
A minha história de vida.
Oh, meus olhos!
Parem de olhar para o outro,
Olhem para mim!
Vejam em que fui errando
Na caminhada ofendida,
Pois sei que em boa intenção
Também fui ferindo e ausentando

Ouvidos e coração.