MORTE VENCIDA
Podes estar me olhando como abutre
Que espera a hora certa de engolir.
Mas, olha bem aqui, Morte!
Olha bem pra mim!...
Esfregarei na tua cara o teu destino:
Tu és quem vai morrer, ao fim.
Tragada, destruída, aniquilada,
A Morte sofrerá a vitória do Amor.
Por que o Amor?
Porque o Amor anula qualquer Morte,
O Amor suplanta todo horror...
Palavra final quem dá é o Deus da Vida...
Deus da Morte és tu mesmo, afinal.
És tu doença, múmia fétida... tristeza,
Mas o que me espera é cura sem igual.
És só moldura do Amor,
Boba esfinge.
És só espelho da Verdade,
Tola mortalha!
Não ficarás pra sempre com teus trunfos,
Pois Deus é para ti destruição.
Um dia hás de ver todos os mortos
Que aqui viveram tolos e emplumados,
Dobrarem seus joelhos ao Rei da Vida,
Confessando com a língua, arrependidos,
Que teria sido bom recomeçar, ter crido.
Recomeçar, assim: reconhecidos
Que Deus é Amor, é Vida, é Perdão.
Então, confessando Vida, terão Vida,
E tu, Morte bandida,
Solidão.
No plano eterno não há lugar pra ti.
O céu não precisa de inferno em algum lugar...
O céu, com seu calor e luz,
Traga a ti, Morte... destrói!
O céu não esquecerá de alguém sofrendo,
Pois se assim fosse,
Céu jamais seria.
O Amor é tudo o que virá,
E o teu destino?
Será abrir tuas portas:
Libertar.
Porque o preço da liberdade já foi pago!
Antes da fundação do mundo estás morta, Morte!
Jesus morreu a Morte: engole e some!
Baseada em I Coríntios 5: 54-55.
11.06.16 - Cidade Jardim
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Não prometo publicar todos os comentários...