CORES DA VIDA
Sou eu quem dá o tom da minha vida.
Sou eu quem colore à minha volta.
Mas, pra falar a verdade...
A coisa em volta está cinzenta!
Como jogar cor nas circunstâncias?
Como amenizar a borra à volta
Se hoje, em mim, há nuvens carregadas?
Preciso de esperança. Que venha o verde!
Aquele que crê, exerce a fé
Mesmo contra a esperança.
Posso ver o azul de Suas promessas!
Posso lembrar do que me espera!
O que me espera é o céu anil e eterno!
O que me espera são as pedras preciosas multicores
Daqueles aposentos reais onde vou habitar!
Assim pensando, parece que vai clareando...
E vai surgindo um rosado...
Um gosto gostoso no meu céu antes turbado.
Raia o sol.
Já vejo o Sol da Justiça! É Ele!
É Ele que vem para aquecer, para amarelar
Ou, melhor: que vem para dourar os meus dias!
Se eu deixo, Ele joga purpurina dourada,
Pó de ouro nas sucatas da minha vida!
Ele arruma tudo, constrói um projeto de luz e vida,
E diz: Vai dar tudo certo...! Espera!...
Ah! Esta feiúra é apenas a moldura
Pra ressaltar Sua Arte!
Que venham pessoas,
De todas as cores,
De todos os gostos,
Nas quais eu possa borrifar as cores do que sinto hoje!
Se estou de preto, espalho o luto.
Se me visto de verde, abençoo o planeta.
Se me visto de dourado, aponto o céu...
Se está rósea a minha vida, vou espalhando o Amor...
Vem, traz o roxo de sua raiva,
Deposite ao pé da cruz.
Deixe que o sangue carmesim lhe banhe,
Pois onde ele passa, qual potassa, limpa tudo...
E vai tudo embranquecendo... reluzindo...
Então, tal como Pedro irriquieto,
Lave seus pés, suas mãos sua cabeça...
Sai branquinho, puro... pela Graça.
Vive a vida multicor que Ele propõe.
BARRA, 12/12/2015
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