Eu preciso de ti, meu irmão que me fere,
Preciso de ti pra me fortalecer.
Preciso de ti para treinar o amor pelo inimigo,
Para exercer o amor por quem inimigo se faz.
Preciso de ti pra experimentar o perdão.
Pois quando me feres e eu perdoo,
Sou eu quem sai curada e mais fortalecida.
Como o ferro que com o ferro se afia,
Preciso responder corretamente ao seu ataque,
Porque há uma posição para aproveitar seu estoque...
Há um milagre na resposta!
Ali estou posicionado.
Há um poder que flui quando se capta a força que vem contra,
Quando se a devolve com perdão.
Nessa resposta certeira,
A força que chegou pra derrubar,
Tem efeito contrário: fortalece.
O vento que tenta entortar o carvalho,
Quebra galhos, desfolha,
Mas, faz crescer mais raízes, mais firmeza.
Nada é por acaso.
Não estou perdida nesse cosmo finito,
Pois há um Deus que me vê
E avalia minha resposta.
Quando me agrides, meu irmão,
É isto que me serve para mostrar a mim mesma quem eu sou,
Para mostrar se aprendi a lição, se enrijeci, se cresci.
Se eu já morri com Cristo,
Não preciso de aplausos,
Nem de carinho,
Nem de reconhecimento,
Nem de flores...
Eu nem preciso de amores,
Pois o existir já é prova
De que fui convidada a compor com você
Belo enredo, no palco dessa História que eu e você vamos criando.
Eu só preciso da Verdade:
Quem errou mesmo, hein?
Quem mesmo errou mais?
Talvez seja você um tanto...
Talvez eu outro tanto...
Porque nesta lida em grupo
Há sempre um pouco de ti em mim,
E um pouco de mim em ti.
O Rei observa.
E as armas para vencer Ele já deu...
São as armas do amor as mais potentes!
Isso Ele já me ensinou,
Quando experimentou a dor
E experimentou calado, mudo...
Tal como Deus que nunca perde,
E que se aproveita do ódio
Fazendo moldura do amor,
Quero aproveitar seu serviço, meu irmão,
Quando me insultas e desgastas.
Tu me dás ocasião de lutar contra mim mesma,
Quando poderia golpear mas escolho perder.
Escolho perder pra ganhar...
Eu sofro o dano e colho o sorriso
De quem do alto me observa.
É Ele quem dá a nota!
Barra, 17.12.2015
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