NNão é possível seguir plenamente os ensinamentos de Cristo
sem que a base de qualquer ação, ou declaração, seja o amor. “Ainda que eu falasse as línguas dos homens e
dos anjos, e não tivesse amor, seria como o metal que soa ou como o sino que
tine”. I Coríntios 13:1. É certo que o discurso bíblico NÃO APOIA O
HOMOSSEXUALISMO, mas NÃO É CONTRA AS PESSOAS HOMOSSEXUAIS, nem mesmo incita o
ódio contra quem quer que seja. Assim como os homossexuais têm o direito de
serem homossexuais, se assim o desejarem, os cristãos têm o direito de não
concordar com a homossexualidade, mas, jamais terão o direito de desrespeitar ou
de diminuir as pessoas que optam pela homossexualidade. Estas pessoas também são
amadas por Deus. Pela leitura bíblica, os homossexuais são
pecadores, e, como quaisquer pecadores, precisam do perdão da parte de Deus, e
de manifestações de amor da parte dos cristãos, não de pedras em sua direção.
Pela verdade bíblica, Jesus Cristo morreu pelos homossexuais, como morreu por
qualquer pessoa que busca a santidade baseada nos princípios
bíblicos.
SE A BÍBLIA ESTÁ CERTA, OS HOMOSSEXUAIS ESTÃO ERRADOS, MAS, ISTO É UM PROBLEMA ENTRE ELES E DEUS; não nos compete discriminá-los, menosprezá-los. Compete aos cristãos mostrar ao mundo o pensamento de Deus, o que significa “evangelizar” o mundo – como Jesus ordenou. No entanto, aceitar os princípios bíblicos, é uma matéria de fé, e, em matéria de fé, cada um dará contas de si mesmo a Deus.
No entanto, É HORA DE NOS AVALIAR, PARA VER SE O QUE EXISTE EM NOSSO CORAÇÃO É PRECONCEITO, ou é amor pelas pessoas e zelo pelo Evangelho. Os homossexuais existem. Eles fazem parte do grupo das pessoas com quem convivemos diariamente. Precisamos nos questionar sobre se, realmente, não os estamos discriminando, com piadas, brincadeiras, apelidos, depreciações. Se agimos com preconceito, o nosso Cristianismo passou longe!
Posso dizer ao meu colega homossexual: “AMO VOCÊ E SEI QUE DEUS LHE AMA TAMBÉM, MAS NÃO CONCORDO COM A HOMOSSEXUALIDADE PORQUE CREIO QUE NÃO É ESTE O PLANO DE DEUS PARA VOCÊ”. Se minhas palavras forem azeitadas no amor, meu colega homossexual não vai se sentir ofendido com a expressão do meu pensamento, afinal, ele também, naquele momento, não concorda comigo. Seremos coerentes com nossos horizontes de sentido, seremos transparentes e seremos respeitosos com a diferença. Esta é a atitude que abre portas.
Temos que amar todas as pessoas, e, pelas atitudes (muito mais que pelo debate), ajudar o Espírito Santo a convencê-las de que Deus tem um projeto para cada vida, sabendo que este projeto pode ser desenvolvido ou não, segundo o livre arbítrio de cada um. Deus não força ninguém a concordar com Ele; o mesmo devo fazer.
Sabemos que assim como há muitos movimentos que pretendem evangelizar o mundo, há muitos movimentos que pretendem acabar com a força do Evangelho na configuração de nossa sociedade. Há uma disputa por poderes e saberes: isto sempre houve e sempre haverá. Uma das armas mais poderosas é a palavra, são os discursos, são as ideias. A Teoria da Argumentação mostra que, nas disputas argumentativas, todos querem convencer. Não adianta esconder esta verdade. Quando opinamos, também queremos convencer – isto faz parte da natureza humana. Logo, há lugar para todas as opiniões, e, no enfrentamento salutar das ideias, a liberdade humana é exercitada. Trata-se de um aprendizado social de convivência com a diferença, sem hipocrisia e com coerência.
A palavra “Homofobia” está sendo muito questionada, pois tem sido usada de maneira pejorativa e acusatória, para tratar de qualquer discordância ou crítica quanto à homossexualidade. Mas, o que vem a ser Homofobia? Homo = Igual. Fobia = Medo. Etimologicamente, portanto, homofobia poderia ser: “medo do ser humano” ou “aversão ao ser humano” ou, ainda, “medo dos que são iguais a si”. Caso a intenção fosse a criação de uma palavra que expressasse a aversão a homossexuais, a melhor palavra seria HOMOFILOFOBIA, ou seja, “aversão ou medo de quem gosta do igual”. Ainda neste caso, a pecha de “homofilofóbicos” não se aplicaria aos verdadeiros cristãos, muito menos a de “homofóbicos”, pois o Mestre do Cristianismo nunca ensinou a termos medo de alguém, ou aversão a alguém, pelo contrário, diz a Bíblia que “o amor lança fora o medo” (I João 4:18).
O termo "homofobia" etimologicamente é totalmente
enviesado e pretende insinuar que quem não aprova o homossexualismo teria uma
patolologia fóbica constituída pelo medo do semelhante. Digo que o termo
"homofobia" não é inocente, nem técnico, nem etimologicamente correto,
é perniciosamente ideológico.
NÓS, CRISTÃOS, NÃO PODEMOS, JAMAIS, ODIAR OS HOMOSSEXUAIS NEM TER AVERSÃO A ELES; NÓS, QUE DIZEMOS SEGUIR A CRISTO, TEMOS A OBRIGAÇÃO DE AMAR A TODAS AS PESSOAS, tal como Ele ensinou; assim, podemos não concordar com o padrão de comportamento homossexual mas não podemos repudiar AS PESSOAS HOMOSSEXUAIS.
Nós, cristãos, precisamos ser CONTRA A “HOMOFOBIA”, caso esta palavra signifique a prática de discriminação, violência ou menosprezo a qualquer pessoa por causa de suas opções sexuais, no entanto, somos contra a homossexualidade no sentido da ideologia de que o homossexualismo é um valor desejável. Ou seja, codemos condenar o homossexualismo como anti-bíblico mas ter compreensão para com as pessoas homossexuais.
O assunto está na ordem do dia porque estão sendo discutidos projetos de Lei que definem como criminosas quaisquer manifestações contrárias ao comportamento homossexual. Tais projetos de Lei têm sido usados para ligar os evangélicos a um crime: o crime de “Homofobia”. Caso tais Leis sejam aprovadas, fatalmente se impedirá que as igrejas cristãs emitam opinião e ensinem os princípios teológicos e éticos extraídos da Bíblia.
Entretanto, assim como não podemos discriminar, eles também não podem calar os que discordam de seu estilo de vida. É esta disputa por idéias, e esta luta política, que estão materializadas neste dias: precisamos entendê-las. Contra quem estamos lutando? Contra os homossexuais? Não. Contra a representante destes no governo federal? Não. Nossa luta precisa ser contra Projetos de Lei que se dizem “contra a Homofobia”, mas que na verdade são “Leis de Mordaça”. Por que Mordaça? Porque o desejo implícito é o desejo de calar qualquer pensamento contrário: isto não é justo e nem democrático.
Sabemos que os homossexuais não pensam como ensina a Bíblia, mas, eles também têm que respeitar os cristãos. Querem que respeitemos suas práticas, mas não querem respeitar nossos pensamentos? Não é justo, não é democrático. A democracia tem seu preço e este preço é bilateral.
Há, inclusive, diversos homossexuais que concordam que A CRIMINALIZAÇÃO DE OPINIÕES AGRIDE A LIBERDADE DE EXPRESSÃO CONQUISTADA, HISTORICAMENTE, A TANTO CUSTO...
A Constituição garante a todos a liberdade de culto e de manifestação religiosa. Se se criminaliza opiniões, assassina-se este direito. Jamais se pode impedir igrejas, instituições ou pessoas de expressarem qualquer pensamento.
A Igreja tem que se comprometer com o pecador sem fazer acepção de pessoas. NÃO SE PODE DIZER: “ESTE PECADOR DÁ PARA AMAR, ESTE NÃO DÁ... ESTE PECADOR DÁ PARA PERDOAR, ESTE NÃO DÁ”. Os homossexuais carecem do perdão de Deus como carece o adúltero, o roubador, o mentiroso, etc.
Como igreja, qual a proposta que temos para os homossexuais? Não é contra os homossexuais que temos que lutar! Certa vez, ao assistir a uma apresentação de Dissertação de Mestrado que tratava sobre uma Igreja Evangélica e sobre seu discurso, ouvi a orientadora dizer publicamente: “Não é contra as igrejas que lutamos, mas contra a necessidade que as pessoas têm de Deus e de igrejas”. De forma semelhante afirmo: Não é contra os homossexuais que lutamos, lutamos contra a visão de que não necessitamos de Deus e de que o que Deus falou não interessa. Lutamos contra a visão de que não precisamos conhecer o pensamento de Deus sobre a nossa vida privada! Se Deus existe, e se Ele falou, Sua voz tem que ser considerada dentre a multiplicidade de vozes que nos atravessam.
Segundo o discurso bíblico, Deus não fez o homem com possibilidades de uma pan-sexualidade ou de sexualidades múltiplas. O discurso bíblico diz que o homem foi criado por Deus, com responsabilidade sobre seus atos e com possibilidade de decisão sobre sua eternidade. Ao nos distanciarmos do plano original de Deus, desviamo-nos do propósito para o qual fomos criados e passamos a desvirtuar a criação. Diz a Bíblia: “Criou Deus, pois, o homem à sua imagem, à imagem de Deus o criou; homem e mulher os criou” (Gênesis 1: 27). Acreditamos que Deus tem um plano original para o homem e para a mulher. Acreditamos que Deus abençoa a família que se constitui com base em Seus princípios. Acreditamos que Deus é uma pessoa que tem opinião. Acreditamos que a homossexualidade é uma opção não referendada pelo Criador, mas, permitida pelo livre arbítrio que nos caracteriza. Acreditamos que a homossexualidade não é uma doença, como também não é uma determinação natural. Acreditamos que a homossexualidade é uma opção influenciada culturalmente.
Os nossos “credos” são, verdadeiramente, baseados em textos bíblicos os quais são, realmente, muito fortes, deixando claro que a homossexualidade é uma opção indesejada aos olhos de Deus. Muitos segmentos não querem que se comente que estes textos existem, mas, estes não podem ser escondidos, apagados. Ora, a perspectiva bíblica deve ser conhecida, como merece ser conhecido qualquer posicionamento teórico.
No entanto, não podemos usar textos bíblicos para agredir. A mensagem bíblica existe para mostrar a perspectiva divina diante da existência humana e de seus problemas, e, para, principalmente, atrair o homem para o Criador. Ora, quando não se quer que se divulgue uma ideia, se está atentando contra a própria inteligência humana, pois, as pessoas precisam conservar o direito de saberem de TODAS as coisas; precisamos conservar o DIREITO DE TODOS em expressar qualquer idéia, qualquer referencial. A escolha por um referencial como fonte de inspiração para atitudes particulares vai da decisão de cada um.
Se a sociedade começar a escolher o que pode ser dito, o que pode ser conhecido, o que pode ser divulgado, a própria sociedade vai começar a escrever novas histórias de totalitarismo e de imperialismo, pois, afinal, quem vai fazer as escolhas do que pode e do que não pode ser conhecido? É PRINCÍPIO FUNDAMENTAL DAS SOCIEDADES HUMANAS DEMOCRÁTICAS A LIBERDADE, E É ESTA QUE ESTÁ EM PERIGO.
Portanto, precisamos dizer com muito amor: segundo a Bíblia (não segundo o que eu acho ou eu penso), o homossexualismo é errado. Por amor aos nossos amigos, parentes e vizinhos homossexuais, não podemos esconder o que está registrado em I Coríntios 6:
É duro, mas está escrito. Compete a cada pessoa decidir se crê que estes princípios são divinos ou não. Se nós, que cremos, deixarmos de falar disto, para fugir de confrontos, não estaremos sendo sinceros com os homossexuais nem conosco mesmos. Devemos falar desta perspectiva porque nosso amor sincero nos leva à preocupação com a alma dos homossexuais – se somos cristãos, o amor ao próximo deve ser o principal motivo.
Caso alguma pessoa não concorde com o discurso bíblico, estará exercendo sua liberdade pessoal. Não é abafando, ou impedindo um discurso, que qualquer tese deixará de existir. Se é inaceitável a discriminação sobre uma minoria, é também inaceitável querer calar um posicionamento histórico, natural e cultural: seria uma discriminação ao contrário.
o direito democrático de livre expressão do pensamento PRECISA seR respeitado no Brasil, sob pena de não sabermos onde o nosso país chegará com a volta da censura.
SE OS HOMOSSEXUAIS VÃO ACEITAR A PERSPECTIVA BÍBLICA OU NÃO, É DECISÃO DE CADA UM. Precisamos respeitar a decisão e a perspectiva deles, porque ATÉ DEUS RESPEITA A LIBERDADE DE ESCOLHA! Eles têm liberdade de escolha, e nós também temos. Aqui está a igualdade necessária.
(i) “Não
vos enganeis: nem impuros, nem idólatras, nem adúlteros, nem efeminados, nem
sodomitas, nem ladrões, nem avarentos, nem maldizentes, nem roubadores herdarão
o reino de Deus.” (I
Coríntios 6: 9
a 10).“Deus
entregou tais homens à imundícia, pelas concupiscências de seu próprio coração,
para desonrarem o seu corpo entre si; pois eles mudaram a verdade de Deus em
mentira, adorando e servindo a criatura em lugar do Criador, o qual é bendito
eternamente. Amém! Por causa disso, os entregou Deus a paixões infames; porque
até as mulheres mudaram o modo natural de suas relações íntimas por outro,
contrário à natureza; semelhantemente, os homens também, deixando o contato
natural da mulher, se inflamaram mutuamente em sua sensualidade, cometendo
torpeza homens com homens, e, recebendo em si mesmos, a merecida punição do seu
erro” (Romanos 1:24 a 27).